Évora, 20 de maio 2023
“Educação Mais Estabilidade, Menos Precariedade” é o tema da mais recente digressão nacional do PS. Os cortejos, encabeçados por João Costa e António Leite, têm percorrido o país de lés a lés.
No dia 20 de maio, no Palácio D. Manuel I, com João Costa como cabeça de cartaz, teve lugar um desses (des)encontros, destinado a convencer a família desavinda PS que o insucesso das políticas públicas da área de educação, não é fruto de má governação, mas sim, um problema criado por uma “cambada de arruaceiros e agitadores sociais que não dão descanso ao governo”.
A lotação do local, os meios disponibilizados e a publicidade ao evento, prometiam um encontro bastante participado. Porém, tal não se verificou de todo! Os militantes de base não atenderam à chamada do Sr.Ministro, pelo que, a sala se ficou pelos mínimos, aos restantes talvez seja marcada uma falta disciplinar, quiçá movido um processo disciplinar, por terem deixado João Costa a falar quase sozinho!
O indisfarçável semblante triste e desolado do deputado Porfírio, mandatado para acompanhar o miserável, foi notório e muito expressivo! Fazendo lembrar o característico olhar dos bois, quando, a caminho do matadouro, sentem que algo de fatal e derradeiro estará prestes a acontecer!
O que fomentará o desinteresse dos militantes do PS, da federação de Évora, pelo Ministro da Educação, não é do conhecimento público! Mas, as provocações governativas, que têm incitado a indignação dos professores, estão à vista de todos!
No sentido de confrontar Costa, com as consequências da sua péssima governação, marcamos presença, ouvimos, recolhemos, anotamos e aproveitamos a oportunidade para apresentar um veemente contraditório!
O miserável falou, recorrendo a notas precárias, mentiu, dissertou sobre o que não acredita, repetiu o não sabe, procurou convencer quem por lá estava, não para o ouvir, mas para prestar a vassalagem a que o partidarismo oco obriga, limitando-se a dizer sim, sim sim.
Depois, seguiu-se o debate. Mas que debate!?
Após duas ou três curtas intervenções dos militantes mais inquietos, metade dos presentes levantaram-se, entre eles o senhor Luís Dias, Presidente da Federação Distrital do PS de Évora e moderador do encontro, e sairam, alegando terem de marcar presença num compromisso com as bifanas em Vendas Novas, degustação para a qual todos estaríamos convidados.
Na sala ficaram 6 ou 7 militantes, ocos na argumentação e sem fleuma para a vida cívica.
Estavam assim criadas as condições para o confronto com o miserável, numa arena abandonada pelos seus pares! Uma vez mais foi surpreendido, desta vez a indignação dos professores não chegou em jeito de apito ou assobio, não foram proclamadas palavras de ordem, nem desferidas bandeiras e os lápis, que não se cravaram nos olhos, tiveram outra utilização!
O miserável, desconfortável com as questões colocadas, defendeu-se como pôde, recorreu às mentiras do costume, aos argumentos em que já não acredita, às justificações pífias e despropositadas para as suas péssimas decisões governativas. Não tem predisposição para negociar, jamais o quis, socorre-se do argumento da maioria absoluta, obliterando que foi gerada num contexto de elevadíssima abstenção. De facto, o paupérrimo discurso é revelador da sua incapacidade para estar ministro! Houve até um militante que confessou ter saudades do João Secretário de Estado! O João Ministro terá perdido o Norte, NADA sabe sobre as escolas do país e ignora os seus profissionais. Entregue à má-sorte de ter um ministro incompetente, o Serviço Público de Ensino definha, agoniza, atacado pela prepotência e pela cegueira governativa instituída.
Confrontado com os depoimentos e os pedaços de realidade que trouxemos ao debate, o lamentável sinistro limitou-se a recorrer ao cardápio dos argumentos rasteiros e mesquinhos, pouco dignos de governantes de um Estado democrático! De facto, alegar que a indignação, a luta e os protestos dos professores terão sido desencadeadas por mentiras disseminadas pelo whatsapp, é um argumento tão leviano como o do catraio (gaiato por estas bandas) que não quer comer sopa porque não gosta de brócolos.
De facto, quando confrontados com a realidade os miseráveis argumentos ruíram, uns atrás dos outros, a estabilidade afinal não existe e a precariedade está em expansão, dentro e fora do partido. Entre os rostos, dos poucos militantes presentes, encontrava-se uma ou outra figura notável do PS, foi notória a falta de solidariedade com o João, quer pelo silêncio, em que permaneceram, quer pelas intervenções inflamadas que fizeram, evidenciando um indisfarçável incómodo pela ostensiva falta de coerência e a total inabilidade do miserável, para conduzir o Serviço Público da Educação.
No decurso do debate com os mensageiros da realidade, como se um cão de fila se tratasse, o deputado por-um-fio, levanta a voz, bloqueia a discussão e manda-nos calar. Aqui há regras, disse o pobre diabo! Desgraçado cão de fila que dá por si sem rebanho, a sua indecorosa exaltação para além de tonta, terá sido inútil, dada a escassez de militantes presentes na sala.
O governo PS está morto. E o seu maior inimigo está nas bases, inquietas, aflitas e desorientadas, que, pelo país inteiro, suplicam pelo fim desta agonizante e decadente governação.
2 Comments
Add YoursPara quem um dia já acreditou em socialismo é muito angustiante assitir aos espetáculos que este PS nos tem apresentado. Somos um país à deriva, comandado por agendas individuais e interesses dos grupos do costume. Continuamos na miséria, só que agora parece que nem nos apercebemos disso. E sem escola de qualidade nunca conseguiremos sair das mãos destes (ou de outros) manipuladores oportunistas…
[…] O governo PS está morto. E o seu maior inimigo está nas bases, inquietas, aflitas e desorientadas […]