
É notável a firmeza governativa de quem, sempre que anuncia uma medida “estruturante”, poucos dias depois põe as peninhas entre as pernas e, envergonhado, regressa à capoeira.
Seria tão simples perguntar a quem realmente sabe — os que estão no terreno — se esta ou aquela medida é exequível, se as alterações que propõe fazem sentido ou, quem sabe, se ainda quer continuar a ser ministro de coisa nenhuma.
Depois da grande decisão de extinguir o E72, retirando aos professores a possibilidade de dirigirem as suas dúvidas ao poder central, eis que… surpresa!… volta tudo ao que era.
Já sabíamos que os senhores diretores, atolados em trabalho administrativo, dificilmente aguentariam mais esta “função de proximidade” com os professores que têm a seu cargo.
Para os mais impacientes, a boa nova: a porta do E72 reabre amanhã!
Mas atenção — desta vez, o galo não canta, nem é culpado.
É só, e cada vez mais, inútil.