Os Homens de azul
Saem lavados e aprumados,
a norte.
chegam vorazes traiçoeiros e agiotas,
ao sul.
Trazem malas de cheias de utopias e promessas vãs.
Levam chão, mar e alma para alimentar o secular insaciável desejo de poder dos Homens,
a norte.
Quando tocam chão calvo, disfarçam-se de estatuas, monumentos e memórias de tempos recuados,
procuram altares, tronos e montanhas, escondem-se na palavra, refugiam-se no fonema
e esperam…
esperam…
Somos irmãos, sussurram ao vento.
Quase convencem.
Pai,
a norte.
Padastro,
a sul.
