Primeiro, lutamos pelos dias de serviço que nos permitiriam o acesso à profissionalização.
Depois, procuramos a sorte na aproximação à residência.
Mais tarde, inventaram os travões e outras acelerações prometidas. Tudo se nos portássemos bem!
No decorrer do tempo, travámos batalhas pelos escalões e outras divisões.
De seguida os eleitos, valorizaram o mérito de poucos, as cotas dos padrinhos, os aconchegos dos chefinhos e das suas equipas diretivas.
E quando tudo parecia estar a correr obedientemente bem, inventaram as suspensões, congelamentos e outras provações.
Exigimos – RESPEITO! E durante 20 anos lutamos, lutamm… mos…..
De repente, surgem novos heróis e gritam:
“Vitória, Vitória!”
Sorrimos e educadamente agradecemos a todos os algozes que nos fizeram mal.
Já no final das nossas vidas, doentes, cansados e sem esperança, elegemos os culpados, subtraímos os heróis, e caminhamos lentamente para o fim dos dias, com uma estranha sensação de MISSÃO PERDIDA.
(…)
Mas que raio de Ministro da Educação, e sua equipa ministerial, que não sabe com rigor o número de professores abrangidos pela recuperação do tempo de serviço?
Que Ministro da Educação é este que, sem pudor, afirma que 13.400 professores não terão o seu tempo de trabalho roubado recuperado, e ainda considera “essa medida injusta” ?
Como podem comentadores agenciados, ao serviço do governo, exclamar que tudo isto vai “valorizar a carrreira dos professores, tornando-a mais atrativa”?
Os professores sabem! Sempre que sucessivos governos prometem rever a carreira, novas injustiças se abrem.
Prometem Aeroportos,Comboios de alta velocidade,Pontes, e outras obras megalómanas.
Com que dinheiro? não sabem, não dizem e escondem…
(…)
Depois do tempo vinhateiro, só nos resta esperar pelo coveiro?
Tu decides!